Escrevo sem pensar muito. Escrevo o que tenho vontade. Escrevo porque isso alivia minha ansiedade. E o mais importante: escrevo porque gosto de escrever.
segunda-feira, novembro 26, 2007
Os filhotinhos, com 10 dias
Um dia eu estava caminhando pelas ruas do bairro, como fazia todas as manhãs e encontrei uma gatinha cinza, fazendo gracinhas e dando piruetas, com ar de quero ser adotada. Ela pulava nos meus pés, corria, saltava e até me deu um beijinho de lixinha. Eu me apaixonei de cara!
Ela parecia um gambazinho, com aquela listra preta no dorso, mas pelo seu aspecto, pensei que deveria ter donos. Então,quando a deixei para seguir meu caminho, ela me chamou -chamou mesmo - com um miau muito pidão, como se dissesse: e agora, eu me desmancho em charme e você vai embora sem me levar?
Peguei-a no colo, recebi muitos beijos e carinhos e, para não dar uma de ladra de gatos, bati de casa em casa, perguntando de quem era a simpática felina. Graças a Deus, ela não tinha dono. Ou, pelo menos, a sua dona não a queria. É que na casa da esquina, uma menina falou que a gata era brava, mordia, arranhava e nem sabia como ela estava no meu colo, porque não ia com ninguém. Achei que eles não iam com a cara dela, tinham criado até ali, mas vendo que o bichinho tinha mostrado as garras, queriam se desfazer dela. Pronto! Ela iria ser feliz em outro lugar: na minha casa. E saímos felizes da vida, ela e eu.
Aqui ela dormia na minha cama, brincava no jardim, não era de ficar na rua, dormia mais que a cama e um belo dia eu vi que a barriguinha estava crescida. Pensei - onde come uma, comerão mais 4 ou 5, fazer o que?
Os filhotes nasceram e depois de dois meses ela foi castrada.
Quando eles entraram em idade de demarcar território, ela não quis mais saber deles. Era ela ou eles. E como eu não iria mandar os bichinhos embora, ela foi para o mato atrás da minha casa. Só vem para comer e agora sim, ela é a típica gata do mato!
Chega aqui toda eriçada e não posso nem tocá-la; agora sim ela pode morder.
...E como não sou a Sophia (O mundo de Sophia), que teve que escolher um filho, fico com essa estranha cruza de jaguatirica com guaxinin, que agora tem a sua própria casa de matinho e mais os filhotes e os filhos de uma das crias dela, que no dia de fazer a castração, pegou o rumo da rua e sumiu por uns dias, voltando prá mais de metro de embuchada...
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2 comentários:
Que bom poder te ler novamente!!
Grande beijo!
E por esses filhotinhos é que não veio me visitar...
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